lundi 31 mars 2014

Ressaca e dor de cabeça: o dia seguinte da Esquerda nas eleiçoes municipais francesas.

A Esquerda francesa vai precisar de muito remédio para curar a dor de cabeça nesta segunda-feira. No dia seguinte ao segundo turno das eleiçoes municipais o saldo é grave: das 932 municipalidades com mais de 10.000 habitantes em jogo, a Esquerda saiu vitoriosa somente em 349. Em comparaçao, nas eleiçoes de 2008 esta havia saido com um saldo positivo de 509. É o pior resultado obtido pelo partido em 50 anos. 

Pior que a derrota numérica, o baque vem também da perda de cidades bastioes da Gauche française. Sao exemplos: Villejuif (Val-de-Marne, periferia de Paris), onde o Partido Comunista governava desde 1925, ou Limoges (Limousin, regiao central da França) praça ocupada pelo Partido Socialista desde 1912. A guisa de premio de consolaçao, o PS elegeu a sua canditada Anne Hidalgo a prefeitura de Paris. A primeira mulher que ira governar a Ville Lumière.

Muitos sao os motivos apresentados pelos especialistas para explicar o feito. Entre eles estariam o começo de mandato fraco da parte do presidente Hollande, a falta de trabalho na base eleitoral, a derrota na luta contra o desemprego e o arrocho fiscal da classe média.

Entretanto, nem tudo sao lagrimas na politica francesa. À direita do espectro, o champagne correu para festejar o excelente resultado nas urnas. O ex partido no poder UMP (Union pour un Mouvement Populaire) conseguiu otimo score de 572 eleitos em municipios com mais de 10.000 habitantes. O UMP conhece o primeiro grande feito eleitoral em municipais desde a sua criaçao em 2002.

O pleito marcou também a afirmaçao politica da extrema-direita francesa. Apos haver conseguido 18% dos votos à sua candidata Marine Le Pen, nas eleiçoes presidenciais de 2012, o partido do Front National encaixa 14 prefeitos eleitos. Mesmo parecerendo pouco a vitoria é grande. Trata-se de um partido pequeno que defende idéias racistas e que se encontra por detras de varios movimentos anti-democraticos. 

Outro fator que fez pesar a balança foi a forte taxa de abstençao. Em média 36,45% dos franceses nao compareceram as urnas para votar no primeiro turno. O segundo turno ainda segue sem um percentual definitivo, mas espera-se que a taxa mantenha-se ao mesmo nivel.





Fonte das informaçoes: artigos do lemonde.fr texto: Felipe T. Toniato 








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