lundi 20 juillet 2015

Os nomes hipócritas que os portugueses davam aos navios negreiros

Fonte

De acordo com a universidade norte-americana de Emory, cerca de 4,8 milhões de escravos foram transportados de África para o Brasil, entre o século XVI e XIX. Alguns dos barcos que os transportavam foram baptizados com nomes que dissimulavam a verdadeira natureza da “mercadoria” que traziam a bordo.
Perto de 35 mil viagens catalogadas por todo o mundo, de navios que transportaram escravos de África para diversos portos espalhados por todo o mundo, tanto na Europa como na América, ao longo dos séculos XVI e XIX. Foi o que fez, nas últimas décadas, a Universidade de Emory, no estado norte-americano de Atlanta.
De acordo com os cálculos feitos pela instituição, a consequência destas viagens foi o aprisionamento e embarque de 12 milhões de escravos em todo o mundo. Ao Brasil terão chegado à volta de 5 milhões de escravos, indica a universidade, cujos dados estão disponíveis no website “slavevoyages.org”. Ao todo, presume-se que morreram centenas de milhar de pessoas, só nas travessias pelo Atlântico.
O que mais chocou muitos dos interessados que lançaram-se na pesquisa destes dados foram os nomes de alguns dos navios, com bandeira portuguesa, que faziam este transporte. Uma mistura de mau gosto com hipocrisia. Eis oito dessas embarcações.
1. "Amável Donzela" (1788 a 1806)
Travessias realizadas: 11
Escravos transportados: 3.838
Escravos mortos durante as viagens: 298
2. "Boa Intenção" (1798 a 1802)
Travessias realizadas: 2
Escravos transportados: 845
Escravos mortos durante as viagens: 76
3. "Brinquedo dos Meninos" (1800 a 1826)
Travessias realizadas: 11
Escravos transportados: 3.179
Escravos mortos durante as viagens: 220
4. "Caridade" (1799 a 1836); houve quatro diferentes embarcações com esse nome
Travessias realizadas: 20
Escravos transportados: 6.263
Escravos mortos durante as viagens: 392
5. "Feliz Destino" (1818 a 1821)
Travessias realizadas: 3
Escravos transportados: 1.139
Escravos mortos durante as viagens: 104
6. "Feliz Dias a Pobrezinhos" (1812)
Travessias realizadas: 1
Escravos transportados: 355
Escravos mortos durante a viagem: 120
7. "Graciosa Vingativa" (1840 a 1845)
Travessias realizadas: 10
Escravos transportados:1.257
Escravos mortos durante as viagens: 125
8. "Regeneradora" (1823 a 1825); houve três embarcações com esse nome
Travessias realizadas: 7
Escravos transportados: 1.959
Escravos mortos durante as viagens: 159

vendredi 17 juillet 2015

New war machine!

Meet the ultimate war machine of the 21st century! It's costless (if you're behind it of course) and very effective. Just look how Eurogroup is using it against the evil Syriza Gouvernement in Greece.
Main features: 
- total humiliation of the enemy by discrediting it's democratic decisions; 
- total control of the target (economical, social and political domination); 

- it can be operate from any fiscal paradise of your choice; 
- no life loss and or danger of jeopardising one of your expensive costume;

Make money on the privatisations you'll oblige your debtors make to pay you back!
! ! Low IMF's based interest rates for the first 30 calls! !
Interested? Want to know more? Read our conditions below:

mercredi 15 juillet 2015

Carros mundo afora

Como sugerido pelo Flavio Gomes, vou colocar aqui as fotos dos carros que tenho visto nestas minhas andanças pelo mundo. Sinceramente eu não sei o nome de todos e nem a marca. Assim, vamos fazer um joguinho: eu ponho a foto e o país onde ela foi tirada e vocês me dizem o resto, ok?

No meio dos Alpes - França













Os gêmeos - Espanha




















Relíquia do passado comunista - Moçambique
















Aqui de casa- Brasil
















Abafando - Africa do Sul
Perambulando em Maputo - Moçambique






























Descanse em Paz - Moçambique

Carro do primeiro governador de Inhambane - Moçambique






























From Comunism With Love 1 - Moçambique

From Comunism With Lve 2 - Moçambique
































Carro (?) preto! Você é feito de aço! - Moçambique
Tuga invocado - Portugal


Bom, por enquanto fiquem com essas porque não consigo achar todas no meio da bagunça aqui. E fica o desafio: quem conseguir nomear mais carros ganha um picolé!













mardi 13 janvier 2015

Os erros da imprensa brasileira na cobertura dos atentados a Charlie Hedbo

« Je ne suis pas d’accord avec ce que vous dites, mais je me battrai jusqu’au bout pour que vous puissiez le dire »
Pseudo citação atribuída a Voltaire

Por Felipe T Toniato

Quase uma semana depois dos atentados à Charile Hebdo em Paris, muita tinta correu para tentar justificar os atos hediondos perpetrados. Vivendo ha quase cinco anos na França e tendo acompanhado de perto a repercussão, fiquei muito surpreendido com tudo o que foi dito nos meios de comunicação brasileiros em geral.

Nenhuma das analises refletiram em absoluto todas as facetas do evento. Enquanto que o “quando”, o “onde” e o “como” eram óbvios e impassíveis de erros, muitos derraparam na tentativa de explicar os “quem” e outros patinaram nos “porquês”. No final, a impressão que temos é que não se entendeu coisa alguma e no afã de ter de se posicionar, misturou-se alhos com bugalhos e o resultado de fait é um qui pro quo imenso.


Valha-me Deus, Maomé e os profetas em querer ser o dono da verdade, ou o Guardião da Divina sabedoria, entretanto me sinto no direito, senão no dever de escrever eu mesmo algumas linhas na tentativa de elucidar este imbróglio transatlântico; dito isso, entremos em pormenores.

Qui l'accusé Charlie Hebdo se présente au tribunal!

Quem é Charlie? E o que fez de grave para merecer uma tão severa punição? Como eu disse a um grande amigo meu: “Charlie Hebdo é punk”! Charlie Hebdo é o jornal que não poderia existir em um Brasil gourmet. Charlie Hebdo a criança que desenha um pênis na lousa enquanto a professora não esta, Charlie Hebdo é o cara que grita: “toca Raul” no show do Joao Gilberto, Charlie Hebdo é a mosca na sopa, Charlie Hebdo é aquele que desagrada Gregos e Troianos, Charlie Hebdo é o cara que vai com a camisa da Gaviões no desfile da Mancha-Verde e vice-versa, Charlie Hebdo é aquela que vai de minissaia em enterro, Charlie Hebdo é aquele que prefere ver o filme do Pelé, Charlie Hebdo é o jornal que ousou fazer uma caricatura do profeta Maomé, quando esta é proibida segundo a lei islâmica, e pagou por isso. E se você acha que todos os precedentes estão errados em suas posições e merecem a punição que vier, desculpe o meu francês mas você é jihadista!

Extremos extremistas anti-extremismo. Esta seria a definição ideal para as pessoas que trabalhavam, e trabalham ainda em Charlie Hebdo. Criticar, criticar e criticar toda e qualquer forma de radicalismo era o modus operandi deste semanário que, até segundos antes do primeiro coup-de-feu, era um dos menos lidos e mais odiados jornais franceses. Sim, Charlie Hebdo nunca foi e nunca sera “popular”, e por quê? Porque ler Charlie Hebdo da nó no estomago, não é para os fracos. Não é a Folha Teen ou Casa e Decoração. Charlie Hedbo choca para abrir os olhos na base da porrada. Charlie Hebdo acusa. Todavia, nem sempre queremos ouvir que estamos errados, ou que as nossas convicções são apenas isso: convicções. Baseadas em crenças pessoais e relegadas ao grupo de pessoas que dividem essas mesmas crenças. Para Charlie Hebdo não existem formas universais, imutáveis e intocáveis. Somente existe o direito de se expressar livremente, seja a favor ou contra, e mesmo a favor ou contra o próprio Charlie Hedbo. Faça o que tu queres pois é tudo da lei.
O indivíduo deve(ria) ser autocritico o suficiente para entender que uma caricatura é apenas um conjunto de traços em uma folha branca, visando a atingir um determinado grupo de indivíduos que, não sendo eles mesmos autocríticos, julgam-se acima do Bem e do Mal e responsáveis pelo policiamento da Fé, da Moral e dos Bons costumes.

Categoricamente, Charlie Hebdo não é contra o muçulmano, mas contra a religiosidade cega. Nisso, muitas analises no Brasil ou erraram, ou não souberam explicar. De toda maneira esta ai, quem quiser concorde, quem quiser não concorde. E je vous en merde !

Continua...